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Treinamento de força funcional envolve a realização de trabalho contra a resistência de tal forma que as melhorias na força diretamente melhorar o desempenho dos movimentos de modo que as atividades de um indivíduo da vida diária são mais fáceis de executar. Simplificando, o objetivo principal do treinamento funcional é transferir as melhorias de força alcançadas em um movimento para melhorar o desempenho de outro movimento, afetando todo o sistema neuromuscular.
Trata-se de um método de treino que utiliza exercícios que aprimoram nosso corpo para realização de um esporte ou de movimentos e funções do dia a dia, como agachar, correr, sentar, pular, empurrar ou carregar um objeto etc.
Por isso, o treinamento funcional foi primeiramente aplicado na fisioterapia, como ferramenta de reabilitação, ajudando na recuperação de pacientes com algum tipo de limitação. Só depois é que o método se tornou muito popular entre atletas ou pessoas que querem ganhar força, resistência, condicionamento físico e saúde. “O treino funcional trabalha várias capacidades físicas de maneira integrada, como força, potência, resistência, condicionamento físico e saúde.
Enquanto grande parte das máquinas da musculação trabalha os músculos de maneira mais isolada, o treinamento funcional prioriza exercícios que trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempos, como já dissemos. Isso permite um fortalecimento global do corpo em uma única sessão de treino (o que economiza tempo e garante benefícios à saúde com menos idas à academia).
Com o treino funcional, com três treinos semanais é possível garantir que o aluno fortaleça o corpo de forma integrada e não ocorram desequilíbrios. Já a musculação, por geralmente trabalhar segmentos do corpo a cada treino (um dia pernas e ombros, outroc ostas e tríceps, outro de peito e bíceps, por exemplo), geralmente tem um planejamento que necessita de quatro a cinco treinos semanais —mas é claro que isso também pode ser mudado conforme o objetivo e rotina do aluno.
Sim, muitas aulas são realizadas em circuito, o que torna a atividade dinâmica e evita que o treino se torne monótono. Além disso, o treino funcional pode ser feito individualmente ou em grupo, e treinos coletivos sempre costumam gerar uma motivação extra, já que um aluno incentiva o outro e cria-se um compromisso com os colegas, evitando faltas no treino.
Assim como a musculação, o treinamento funcional permite trabalhar com carga e volume de repetições, quesitos básicos para estimular a construção muscular e o ganho de massa.
A hipertrofia depende da forma como o treino é programado. E é possível desenvolver um treinamento funcional com pesos visando o desenvolvimento da massa muscular e da força, e ainda ganha função por se tratar de um trabalho livre.
Mas com o treino funcional você vai conseguir um corpo atlético, forte e com a musculatura definida (se sua dieta for adequada para isso). Se o objetivo é ter grande hipertrofia e um corpo de fisiculturista, a musculação é a melhor aposta, já que permite o uso de maiores cargas e trabalha isoladamente os músculos.
Alguns trabalhos científicos apontam que o treinamento funcional ajuda a aumentar a força e também a resistência muscular tanto quanto a musculação. Um desses estudos, realizado na Universidade de Guilan e publicado na revista Physical Activity, comparou os ganhos em mulheres treinadas que realizaram exercícios com a fita de suspensão ou musculação durante oito semanas. O resultado foi que elas tiveram ganhos similares, principalmente nos membros superiores.
Uma pesquisa brasileira publicada na revista Archives of Gerontology and Geriatrics também mostra que o treinamento funcional é capaz de contribuir para o ganho de força em em idosos tanto quanto a musculação. E ainda com o diferencial de ser mais facilmente aplicado nas atividades da vida diária.
Sim, alguns estudos comprovam que o treinamento garante benefícios aos idosos, como a melhora da mobilidade, fortalecimento dos ossos e manutenção e ganho de massa muscular (importante para prevenir a sarcopenia).
Uma pesquisa apresentada em uma dissertação de mestrado conduzida pela Professora Bartira Palma, da Escola de Educação Física e Esporte da USP (Universidade de São Paulo) (EEFE-USP), por exemplo, analisou idosos saudáveis com uma média de 69 anos, que praticaram o treinamento funcional duas vezes por semana durante três meses.
Para quem deseja perder peso, o mais importante é manter uma dieta saudável e adequada para a redução de gordura no corpo. Mas o exercício físico contribui para a mudança da composição corporal, ajudando no ganho de massa magra (principalmente) e na diminuição de gordura. E pesquisas mostram que o treinamento funcional é uma ótima opção nesse sentido, como a pesquisa que foi publicada no Journal of Human Sport and Exercise.
No trabalho, nove mulheres fizeram treinamento funcional de alta intensidade (HIFT) com barra e halteres por 16 semanas. Ao final da análise, elas apresentaram uma redução média de 18% no percentual de gordura corporal.
O estudo brasileiro publicado na revista Archives of Gerontology and Geriatrics também mostrou uma diminuição de 3,51% no percentual de gordura das participantes idosas que praticaram o treinamento funcional por três meses.
Qualquer atividade física praticada regularmente contribui para a melhora da saúde mental e física, por trazer benefícios como a redução da frequência cardíaca em repouso e da pressão arterial, ganho de massa muscular, redução da glicemia (açúcar no sangue), melhora do sono etc.
Além disso, praticar exercícios estimula a produção de substâncias que melhoram o humor e ajudam no tratamento de problema como depressão e ansiedade. Os resultados preliminares de um estudo da EEFE-USP, coordenado pelo professor Carlos Ugrinowitsch e realizado com 65 pacientes que consomem medicamento para depressão mostram esse benefício do treino funcional.
A pesquisa verificou que tanto o treinamento aeróbico quanto o circuito de treinamento funcional feito durante seis meses, duas vezes por semana, foram capazes de diminuir os sintomas de depressão e da desesperança dos voluntários pacientes, além de melhor a qualidade do sono.
Primeiramente, é importante lembrar que qualquer exercício deve ser praticado somente após liberação médica. Caso a avaliação médica aponte alguma limitação, o profissional de educação física irá adaptar o treinamento funcional conforme as possibilidades do aluno.
A contraindicação é sempre em relação a algum exercício e não ao método. Portanto, caso a pessoa tenha alguma restrição em relação a alguma articulação, por exemplo, os exercícios deverão ser reavaliados.
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